A automação está presente em todas as etapas deste extenso caminho, que no Brasil contabiliza mais de 107 mil quilômetros. Isto é: no setor de geração (usinagem), transmissão (cabos, fios e subestações) e distribuição (concessionárias) de energia elétrica. E sua evolução acompanha o rápido crescimento populacional e da modernização das cidades.

Atualmente, ganha ênfase as fases de transmissão e distribuição por demandarem em maior quantidade e frequência soluções tecnológicas que proporcionem maior assertividade no transporte e entrega da energia elétrica ao consumidor.

A transmissão da energia elétrica é realizada através de fios condutores de alta tensão e é guiada por subestações, que são instalações responsáveis por: elevar a tensão elétrica no início da transmissão e rebaixá-la perto dos centros urbanos a fim de garantir segurança. As subestações são formadas por equipamentos como: transformadores, seccionadoras, equipamentos de medição e equipamentos para controle e proteção, que são os quadros elétricos de automação.

Segundo o Engenheiro Eletricista Fábio Amaral, diretor da Engerey Painéis Elétricos, o objetivo da automação é a melhoria do processo de entrega da energia elétrica, resultando em diminuição de custos operacionais e de tempo, como interrupção de energia.

Amaral explica que esta solução é chamada de SAD (Solução de Automação da Rede de Distribuição) e é formada por Quadros Elétricos de Automação de Subestações e de Redes de Distribuição, que mantêm como principal função permitir operar (ligar/desligar/bloquear) circuitos automaticamente ou remotamente.

A automação acontece através de equipamentos como sistemas que oportunizam a comunicação em tempo real com outras subestações, relés de proteção digitais e controladores.

 “O controlador reconhece e monitora faltas de energia, condutores rompidos, descoordenação e sobrecarga, por exemplo, e age de modo automático sempre quando estes problemas forem apontados. Como, por exemplo, interrompe a energia durante situações de curtos-circuitos ou reduz sobrecargas em situações de operação anormal do sistema elétrico”, explica Fábio Amaral.

Os relês de proteção agem no mesmo intuito, detectando condições intoleráveis e determinando a abertura ou não dos disjuntores associados a ele. Como, por exemplo, quando há a queda de um poste: identifica-se uma situação irregular na transmissão de energia e assim retira-se de operação a parte danificada desta linha, por exemplo. Isso diminuiu riscos à população (choques), ambiente (incêndios por curtos) e maiores danos aos equipamentos.

Uma das principais vantagens da automação é também a segurança aos profissionais envolvidos. “Isso acontece porque com a automação, todos os equipamentos da subestação possuem acesso remoto. Assim, a supervisão e controle no interior da subestação não necessita de pessoal operativo, podendo ser feito de outro local afastado e em segurança”, conclui o Engenheiro Eletricista da Engerey.

 

Curiosidades:

·        O Setor Privado é responsável por 60% da distribuição da energia elétrica e as empresas públicas por 40% (Abradee)

·        O Brasil possui 77 milhões de Unidades Consumidoras, 85% destas são residenciais. Dados de 2015.

·        A rede de transmissão de energia elétrica brasileiro é de 107,4 mil quilômetros de extensão, distância equivalente a mais de duas vezes e meia a circunferência da Terra. (Ministério das Minas e Energias).

 

fonte: http://portal.utfpr.edu.br/noticias/curitiba/entenda-a-importancia-e-as-vantagens-da-automacao-na-transmissao-e-distribuicao-da-energia-eletrica